Djalma Iceman, o brasileiro que fará 7 maratonas em 7 dias em 7 continentes

Já apresentamos aqui o World Marathon Challenge, que é o Desafio Mundial de Maratonas. Nele, os atletas enfrentam 7 maratonas em 7 diferentes continentes em 7 dias.

É um desafio físico e mental, onde o atleta se depara com condições bem particulares, como realizar seu recondicionamento em pleno voo, pois o tempo de relaxamento é dentro do avião, viajando entre continentes.




Em 2019 teremos mais um representante canarinho participando do Desafio!

Djalma Moura, ou Djalma Iceman, é engenheiro, tem 62 anos e é um maratonista aventureiro. Djalma já participou de várias provas pelo mundo, como a Maratona de Berlim, a Maratona de Buenos Aires, a Maratona do Polo Norte e a Maratona da Antártida.


Conheça o World Marathon Challenge


Quem é Djalma Iceman?

Djalma é um atleta que está radicado em Florianópolis há quase quatro décadas.

Formou-se engenheiro de minas e acredita que o esporte transforma, inspira e motiva as pessoas. Ele já completou várias maratonas pelo mundo, mas os últimos desafios foram os mais difíceis.

Em 2017, Djalma completou a Maratona da Antártida, passando pelo portal na 10ª posição entre os 38 competidores do naipe masculino. Foi uma prova complicada e cheia de nuances, afinal de contas correr na neve e em temperaturas tão baixas não é algo tão simples.


Acompanhe a aventura de Djalma Moura na Maratona da Antártida


Com 4 meses contados após a Maratona da Antártida, Djalma já estava competindo, em abril de 2018, na Maratona do Polo Norte. Lá, ele se tornou o primeiro brazuca e sul-americano com mais de 60 anos a completar as maratonas mais ao sul e ao norte da Terra.




Agora, em 2019, seu desafio é o World Marathon Challenge, evento que nosso atleta busca completar e, assim como em suas conquistas anteriores, elevar a bandeira brasileira e trazer o debate sobre a importância da doação de órgãos, temática que é carro chefe de todas as suas participações esportivas.

Projeto Desafio de Maratonas pelo Mundo.

 

Essas conquistas foram nos anos de 2017, na Antártida e no ano de 2018, no Polo Norte.

Com o sucesso nas duas empreitadas, Djalma sonhou bem mais alto para 2019 e se inscreveu no World Marathon Challenge (Desafio Mundial de Maratonas), que consiste me correr 7 maratonas, em 7 dias, em 7 continentes.

Esse desafio não é só de se manter em condições durante os 42 quilômetros, mas sobretudo de resistir às horas intensas de voo e sem condições ideais de descanso.

É um desafio para o corpo e para a mente.

Djalma Iceman Moura e seu engajamento com a campanha pela doação de órgãos.

Como começou sua paixão pelas corridas?

Empolgado com a Corrida de São Silvestre, ele decidiu que um dia iria completar essa prova. O plano seguiu em curso, mas não foi rápido. Essa realização só aconteceu em 31 de dezembro de 2004, embora nosso atleta tenha completado outras provas em Florianópolis como preparação.

Daí para frente, o vírus da corrida se instalou em seu sangue e vieram novos objetivos, sendo os de maior destaque a Maratona de Berlim, de Buenos Aires e as provas do extremo do planeta.

De onde veio a ideia de correr no gelo?

Djalma sempre procurava desafios e quando ele assistia o programa Extremos com o repórter e atleta Claiton Conservani, onde o mesmo participava da Maratona da Antártida, a ideia se plantou na cabeça dele, e nosso corredor passou a sonhar com a prova!

Se preparar para provas no gelo é algo complicado, sobretudo para nós, que vivemos num país tropical.

Correr na Antártida.

Era preciso foco na distância, preparo físico e psicológico, condições para suportar o frio, adaptação à corrida com as roupas próprias para suportar o frio intenso e uma mente bem preparada, porque o trajeto no gelo tem várias voltas, uma vez que é impossível criar um trajeto longo devido aos riscos locais, sem contar que o cenário é totalmente branco.

E o que você considerou complicado?

Os treinamentos para a neve, para quem reside numa cidade tropical, são complicados. Exercícios funcionais semanais e corridas na areia fofa para simular a neve foram obrigatórias. Nesse caso, corria nas praias e dunas e também na Sociedade Hípica Catarinense.

E para me acostumar com o frio, o treino era dentro de câmaras frigoríficas de uma peixaria em Floripa. A mesa elástica (jump) era minha companheira de treino dentro das câmaras, pois com a ventilação ligada e pulando, eu simulava o movimento da corrida.

Treinos nas câmaras frigoríficas e nas areias da hípica.

Outra coisa a ser preparada é o equipamento de corrida na neve. Pensa que temos que usar três camadas de roupa na parte de cima do corpo e duas camadas na parte de baixo. Na cabeça é fundamental o uso da balaclava e óculos de proteção UVA e UVB. Dois pares de luvas, dois pares de meias, tênis apropriado com travas, além de touca de proteção da cabeça.




Todo esse equipamento é verificado pela organização. Tem que estar correto e perfeito, do contrário o atleta não segue para nenhum dos polos.

Djalma na Maratona da Antártida

Essa prova foi feita em novembro de 2017, sob uma logística muito especial, sobretudo para suportar as baixas temperaturas.

O alojamento no Polo Norte, durante a Maratona do Polo Norte.

Seu tempo na Antártida foi de 5h01min59seg.

Djalma ficou na 10ª colocação entre 38 atletas homens que participaram da prova. Também participaram do evento 13 mulheres.

A Antártica é um continente localizado no extremo sul do planeta. É o lugar mais frio do mundo tendo atingido em 1983 a temperatura de -93,2°C na Estação Vostok. Devido a estas baixas temperaturas e aos ventos fortíssimos é o continente mais inóspito, pois o tempo muda rápido e constantemente sendo assim impossível a permanência de população,

Djalma na Maratona do Polo Norte

Essa competição aconteceu em 2018, no mês de abril, quando as condições climáticas são mais favoráveis, pois suportar temperaturas em torno de -30°C não é nada fácil.

 

Largada da Maratona do Polo Norte.

E vale lembrar que essa prova acontece num terreno que é mar. Durante os meses de março e abril, os mares congelam e se tornam “pistas” aptas para corrida, mas não pensem que é algo totalmente seguro, pois há muito risco envolvido.

Os relatos contam que o trajeto consiste em 10 voltas, ou seja, cada volta tem em média 4,2 quilômetros. Se o gelo estiver mais duro, o deslocamento é facilitado, mas se a neve estiver fofa é possível afundar até a altura dos joelhos. É fundamental proteger os cílios e as orelhas, pois se congelarem é problema! E há a possibilidade de troca de roupas por estarem molhadas, assim como beber líquidos e se esquentar no posto de atendimento.

Djalma chegou na 23ª colocação entre os homens, com o tempo de 7h35min55seg.

Eram no total 47 homens inscritos e 13 mulheres.


Leia mais sobre a Maratona do Polo Norte


7 provas em 7 dias em 7 continentes

Dia 31 de janeiro começa a nova aventura de Djalma Iceman: correr por 7 dias seguidos, 7 maratonas, em 7 continentes diferentes. É o World Marathon Challenge.


Conheça o World Marathon Challenge


Então vamos torcer muito por você, Djalma Iceman!

Se você quiser acompanhar as notícias e novidades do nosso atleta durante essa aventura, basta segui-lo no Instagram! Então, anota aí: @djalma.iceman

O instagram de Djalma.iceman.

E que a mensagem sobre a importância da doação de órgãos se espalhe por todo mundo, sobretudo passando uma mensagem de vida e de fraternidade.

Boa sorte!


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